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GRUPO: Carlos Henrique Ely, Bruno Barsante e Erico Bettanzos

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Territórios Afro-Brasileiros em Porto Alegre

Territórios Negros: Afro-brasileiros em Porto Alegre.

A saída de Campo Territórios Negros: Afro-brasileiros em Porto Alegre, ocorreu no dia 02 de junho, quando a turma  da disciplina de Trabalho de Campo do Pós de Ensino de Geografia e História percorreu a cidade de Porto Alegre  com foco nos territórios que historicamente foram utilizados pelos negros na cidade de Porto Alegre, ou tiveram de alguma forma intervenção do negro e sua cultura.
A saída ocorreu com apoio da Secretaria Municipal Educação de Porto Alegre e da empresa de transporte público Carris, responsável pelo desenvolvimento do Projeto Territórios Negros:  Afro-brasileiros em Porto Alegre, que tem como objetivo trabalhar os espaços Negros da cidade, buscando a identidade da população negra na história da capital gaúcha. O projeto dos afro-brasileiros em Porto Alegre promove a visualização de espaços referencias das praticas culturais e dos modos de vida dos negros, explicitando a atuação destes como trabalhadores escravos e trabalhadores livres na atualidade, mostrando a diversidade racial da cidade de Porto Alegre.
O percurso dos Territórios Negros é baseado em um trajeto feito pelo professor e ativista negro Oliveira Silveira, e também, há ligação com o Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre.
O primeiro local visitado foi o Largo da Forca, atual Praça Brigadeiro Sampaio, localizado próxima a usina do Gasômetro, era onde ocorriam as execuções dos negros condenados em processos que prescreviam, geralmente, penas mais duras para os escravos.  Atual praia fazia parte da praia do Arsenal, que abrigava estaleiros, ficou conhecida como Largo da Forca por ser caracterizada como um lugar ermo, de mau aspecto, onde ocorriam as execuções de condenados a morte.  Em 1832 a construção de uma cadeia pública é iniciada e abandonada nos alicerces. Em 1856 a área foi aterrada, ajardinada e arborizada, recebendo a denominação de Praça do Arsenal. Ao longo da sua história a praça passa por diversas reestruturações ficando com o nome de Praça Brigadeiro Sampaio em 1965.

                                             Imagem aérea da Praça Brigadeiro Sampaio
                                                Foto da Praça Brigadeiro Sampaio
                                    Placa dobre o Tambor da cultura negra na Praça Brigadeiro Sampaio
                                                                    O tambor
                                 Detalhe da decoração do tambor, retratando o cotidiano do Negros
                                                   População interagindo com o tambor.

O segundo local visitado foi o Pelourinho, muito próximo ao antigo Largo da Forca, o Pelourinho de Porto Alegre ficava situada em frente à Igreja Nossa Senhora das Dores, era onde os escravos eram castigados quando quebravam  as regras da escravidão.

                                                Igreja das Dores, a frente localiza-se o Pelourinho

Passando pelo Pelourinho fomo visitar o Mercado Público de Porto Alegre, que foi construído por escravos e diz a lenda que no centro da edificação, foi feito um assentamento dedicado a um orixá, o Bará, dos cultos religiosos africanos e afro-brasileiros.

                                                O Bará do Mercado Público de Porto Alegre

O atual Parque Farroupilha foi Campo da Redenção, campo da várzea, local onde negros se reuniam nos domingos, ainda durante a escravidão praticando suas tradições, danças e jogos. Muitos permaneceram ali depois de 1884, quando ocorreu a abolição no Rio Grande do Sul.
O próximo local visitado foi o Bairro Rio Branco, hoje área nobre da cidade de Porto Alegre e que antigamente foi colônia africana, nas imediações das ruas Castro Alves, Casemiro de Abreu, esta região foi habitada pelos afro-brasileiros no final do século XIX. Negros Alforriados e os libertos ali estabeleciam moradia.
Outro ponto visitado de concentração negra em Porto Alegre foi a Ilhota, hoje, é local onde fica situado o Ginásio Tesourinha. Nesta região da cidade foi criada a Liga da Canela Preta pelos negros para a prática do futebol e também possuía uma ligação muito forte com o samba. Com revitalização da área na década de 60, a população negra foi deslocada para Vila Restinga.
A última parada do percurso dos territórios negros foi o Quilombo do Areal/Luís Guaranha, situado no Bairro Cidade Baixa. Este quilombo foi reconhecido como tal em 2004. A região integrava a propriedade do Barão e da Baronesa do Gravatahy. NO fianl do século XIX e próximo abolição da escravidão, a região e as diversas formas de sociabilidade entre as famílias afrodescendentes possibilitaram o reconhecimento da Rua Luís Guaranha como “Quilombo Urbano”.
O início e final do passeio foi no ponto de maior identidade da cidade de Porto Alegre com a cultura afro-brasileira, o Largo Zumbi dos Palmares, localizado na cidade Baixa, O Largo ganha esta designação a partir das marchas dos anos 70,promovidas por ativistas do movimento negro, que marcaram o início da atual fase de mobilização em favor da igualdade racial e de combate ao racismo.

Cópia do Folder da saída turística de Porto Alegre e seus territórios negros: